24/02/08

VI.4. Artes

VI.3. Música

VI.1. Cultura popular: artesanato; tradições

Morna: abordagem poética

Morna de despedida

Hora de bai,
Hora de dor,
Ja'n q'ré

Pa el ca manché!
De cada bêz
Qu 'n ta lembrá,
Ma'n q'ré
Ficâ 'n morrê!

Hora de bai,
Hora de dor,
Amor,
Deixa'n chorá!
Corpo catibo,
Bá bo que é escrabo!
Ó alma bibo,
Quem que al lebado?

Se bem é doce,
Bai é magoado;
Mas, se ca bado,
Ca ta birado!
Se no morrê
Na despedida,
Nhor Des na volta
Ta dano bida.

Dixam chorá
Destino de home:
Es dor
Que ca tem nome:
Dor de crecheu,´
Dor de sodade
De alguem
Que'n q´ré, que q'rem...

Dixam chorá
Destino de home,
Oh Dor
Que ca tem nome!
Sofri na vista
Se tem certeza,
Morrê na ausência,
Na bo tristeza!


Morna de despedida (Tradução: Manuel Ferreira)

Hora de partida,
Hora de dor
É meu desejo
Que ela não amanheça [não chegue a hora]
De cada vez
Que a lembro
Prefiro
Ficar e morrer.

Hora da partida
Hora de dor!
Amor.
Deixa-me chorar
Corpo cativo
Vai tu que és escravo
Oh alma viva
Quem te há-de levar?

Se a chegada é doce
A partida é amarga
Mas se não partir [mas quem não aprte]
Não se regressa [não regressa]
Se morrermos na despedida
Deus no regresso
Dar-nos-à a vida.

Deixa-me chorar
O destino do homem
Oh dor
Que não tem nome:
Dor de amor
Dor de saudade
De alguém
Que eu quero, que me quer...

Deixa-me chorar
O destino do homem
Oh dor
Que não tem nome!
Sofrer junto de ti
Sem ter uma certeza
Morrer na ausência
Com a tua tristeza.

Eugénio Tavares, Mornas - canções crioulas, 1932
Morna
É já saudade a vela, além.
Serena, a música esvoaça
na tarde calma, plúmbea, baça,
onde a tristeza se contém.
Os pares deslizam embrulhados
de sonhos em dobras infindáveis.
(Ó deuses lúbricos, ousáveis
erguer, então, na tarde morta
a eterna ronda de pecados
que ia bater de porta em porta!)
E ao ritmo túmido do canto
na solidão rubra da messe
deixo correr o sal e o pranto
- subtil e magoado encanto
que o rosto núbil me envelhece.
Daniel Filipe, A ilha e a solidão, 1957
A Morna
Canto que evoca
coisas distantes
que só existem
além
do pensamento,
e deixam vagos instantes
de nostalgia
num impreciso tormento
dentro
das almas...
Morna
desassogo,
voz
da nossa gente
reflexo subconsciente
em nós
das vagas ao longo das praias;
das aragens
que trazem um sorriso bom
às equipagens
dos barquinhos à vela
e flexibilidades graciosas
às folhagens
do milheiral,
musicando rapsódias em surdina
nos tectos das casas pobres...
Jorge Barbosa, Arquipélago, 1935
VII
E a morna
morna, bole,
mole,
já velha, sem ser antiga,
num compasso de cantiga
sexual.
: Reminiscência dum fado
que, dançado
num maxixe,
tem a tristeza postiça dum cansaço.
: Um semi-civilizado
lasso
balanço
embalado
sobre o ventre dum fetiche.
António Pedro, Diário, 1929
Partida (Morna di B. Leza)
Ora....Ora di baie
ora di sentimentu
Ora di bai e tristi
e ora di sentimentu..
Ami si pa N dixa Djar Fogu
Má N kre dixâ mundu interu
Ma N kre dixâ mundu ku dor
Sen paz, sen dizafogu.
Si tudu gentisa
beba nes mundu
Amá sufre amá senti,
Ka ta sintiba nes mundu
Es tristi palavra... parti!.
Ora.... Ora di bai
e ora di sentimentu
Ora di bai e tristi
e ora di sentimentu.
Partida e dor amá tristeza
Ken inventa’l ka tenba amor.
Partida e dor na nos petu
di ken ki nu dixa ku dorem.

As ilhas. Aguinaldo Fonseca

As ilhas
por quererem ser navios
ficaram naufragadas
entre mar e céu.
Aguinaldo Fonseca, Herança in Claridade, nº 8, 1958.

23/02/08

CV: Pobreza

International Monetary Fund (2005), Cape Verde: Poverty Reduction Strategy Paper.
(http://www.ipad.mne.gov.pt/images/stories/CaboVerde/PRSP%20_FMI_%2022ABR05.pdf)

Poverty Reduction Strategy Papers (PRSPs) are prepared by member countries in broad consultation with stakeholders and development partners, including the staffs of the World Bank and the IMF.
Updated every three years with annual progress reports, they describe the country’s macroeconomic, structural, and social policies in support of growth and poverty reduction, as well as associated external financing needs and major sources of financing. This country document for Cape Verde, dated September 2004, is being made available on the IMF website by agreement with the member country as a service to users of the IMF website.

Cooperação

Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento: http://www.ipad.mne.gov.pt/
A Cooperação Portugal – Cabo Verde para o período 2005-2007:
http://www.ipad.mne.gov.pt/images/stories/Publicacoes/PIC2005-2007CBV.pdf
I. A Cooperação Portuguesa para o Desenvolvimento
II. Antecedentes da Cooperação Portugal – Cabo Verde
III. A Situação Política, Económica e Social e os Desafios de Financiamento do Desenvolvimento Sustentável de Cabo Verde
IV. A Estratégia Cabo-Verdiana de Crescimento e de Redução da Pobreza
V. A Cooperação Portugal – Cabo Verde para o período 2005-2007
Câmara de Comérc io Indústria e Turismo Portugal-Cabo Verde:

Literatura. Manuel Lopes

Manuel Lopes nasceu em São Vicente, em 1907. A obra de Manuel Lopes estende-se pelo romance, conto e ensaio.
Chuva Braba, foi o seu primeiro romance, datado de 1956, que recebeu o Prémio Fernão Mendes Pinto, tendo igualmente recebido, em 1959, o Prémio Meio Milénio do Achamento das Ilhas de Cabo Verde com o romance Os Flagelos do Vento Leste, posteriormente adaptado ao cinema e no mesmo ano novamente o Prémio Fernão Mendes Pinto com a obra O Galo Que Cantou na Baía (e outros contos cabo–verdianos).
Manuel Lopes é um dos escritores mais conhecidos de Cabo Verde, utiliza nas suas obras expressões em crioulo, embora escreva os seus textos em português. A sua obra estende-se pela poesia, ensaio, romance e conto, dedicando-se também à pintura.
Colaborou com produções suas em diversas publicações, nomeadamente Claridade, Atlântico, Notícias de Cabo Verde, Renascimento, entre outras. Foi co-fundador da revista Claridade, em 1936. Encontra-se também representado em diversas antologias.

Obra
Ficção
Chuva Braba, 1956; Publicada em Cuba (1989), tradução de
Rodolfo Alpízar Castillo
O Galo Que Cantou na Baía (e outros contos cabo–verdianos), 1959
Os Flagelados do Vento Leste, 1959
Poesia
Poema de Quem Ficou, 1949
Crioulo e Outros Poemas, 1964
Prosa
Monografia Descritiva Regional, 1932
Paúl, 1932
Os Meios Pequenos e a Cultura, 1951
Reflexões Sobre a Literatura Cabo-Verdiana, 1959
As Personagens de Ficção e Seus Rodelos, 1973
Ver ainda:

Mayra Andrade . Coimbra

Mayra: A Morna, o Funana, a Coladeira e o Batuque com um toque Jazzy único!




Espectáculo baseado no álbum de estreia "Navega", considerado pela critica um dos melhores de 2006, Mayra Andrade apresenta-se em quinteto acompanhada de grandes músicos.
Militante da cultura cabo-verdiana, no palco Mayra Andrade impõe o seu próprio estilo – aos tradicionais ritmos da morna, coladeiras, funaná e do batuque, acrescenta influências do jazz e da música brasileira.Com a sua voz grave, sensual e espantosamente afinada, Mayra Andrade promete uma noite de ritmos quentes inesquecível.
“Não há um tema a que a sua voz não transmita um misto fascinante de vibração e maturidade, de energia, sensualidade e espantosa afinação” (João Gobern, Sábado)
“Tem uma capacidade notável de harmonizar os ritmos de Cabo Verde com sugestões da música sul-americana e europeia. A sua voz é extremamente bonita, clara, terna, matinal” (Eduardo Prado Coelho, Público)

18/02/08

Fotografia: Cidade Velha


Cabo Verde: Geografia

“Quem, viajando por mar ou por ar se aproxima do arquipélago de Cabo Verde defronta-se com uma sucessão de ilhas onde a marca exterior é uma aridez confinante com a mais viva agressividade. Montanhas agrestes emergem do Oceano num emaranhado de montes e vales, vales na generalidade secos e montes que por vezes apresentam pequena manchas verdes nos seus flancos lá onde os bancos de nuvens tocando o solo – humedecendo-o sem o molhar – facilitam o ciclo vegetativo de certas espécies mesmo que a chuva tão avara como desejada insista em primar pela ausência ou por uma desconcertante exiguidade.
Destas ilhas, três – Sal, Boavista e Maio – mais velhas reportando a sua emersão a tempos geológicos mais recuados, apresentam-se quase planificadas atestando de caminho a força niveladora dos agentes modeladores.
Uma – o Fogo – exibe-nos na beleza portentosa do seu aparelho vulcânico um dos mais majestosos espectáculos que a Natureza pode exibir – espectáculo de força e grandiosidade ante o qual o tão reclamado Vesúvio parece um fenómeno natural de 3ª plano.
Outras – S. Vicente, S. Nicolau, Santiago, Santa Luzia, Santo Antão –, ocupam a posição intermédia entre o jovem e brutal relevo de Fogo e as quase planas ilhas orientais oferecendo os mais chocantes contrastes.
Lá ao fundo para sul como que envergonhada da sua pequenez a ilha Brava parece aí colocada para contrastar com a brutalidade plutónica do Fogo.
Se esse viajante prossegue seu caminho sem se deter ficará sem se aperceber que por detrás daqueles montes escalvados há vales cuja verdura contrasta deliciosamente com a agrura vigorosa e amachucante da periferia.
Ele ficará ignorando que naquelas pequenas povoações que viu de longe (pequenas cidades de aspecto pobre, pequenas vilas ou aldeias em extrema decadência algumas, (outras tentando progredir), vive, labuta um povo que constitui uma das mais estranhas e curiosas experiências humanas de todos os tempos.
O homem havia de vir pelas caravelas portuguesas veiculadas pela energia do mesmo alisado de Nordeste servindo a maior epopeia de todos os tempos – o espantoso empreendimento dos descobrimentos portugueses.
Outros homens viriam mais tarde trazidos pelos primeiros. Mas estes vinham agora do continente negro e ao contraste das configurações oferecidas pelo meio físico juntava-se o contraste do aspecto físico dos homens oriundos de dois continente servidos por duas raças.
É então que começa a maior experiência “laboratorial” executada com matéria prima humana: brancos e negros vão fundir-se na mais positiva coexistência harmónica para dar lugar, séculos depois a um povo novo – o crioulo cabo-verdiano."

Maria Luísa Ferro Ribeiro (1961). A Ilha de Santiago.
Contribuição para o estudo de uma fenomenologia sócio-económica,
Tese de licenciatura em Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Geografia literária (2) - Poesia: Condição de Ilhéu (Daniel Filipe)

Condição de Ilhéu

Cerro os olhos e observo a paisagem interior:
cumes, rios, valados, desenham-se no espaço,
contornados a dor,
com certezas de régua e de compasso.

Um potro alado acena um adeus necessário.
Uma flor abre em leque a corola macia
e perfuma de pranto o horto imaginário,
onde invento sozinho outra geografia.

Abro os olhos e nada já relembra a paisagem,
tão real e concreta no momento anterior.
Cumes, rios, valados - a sedenta miragem,
que humaniza o deserto em que sou potro e flor.

Daniel Filipe. Pátria, lugar de exílio, Presença (2ªed, 1976:56).

17/02/08

Musica: Maria de Barros


[Afro-beat / Acoustic / Latin; "Come with me to Cabo Verde" Brava, Cape Verde]:


Mayra: a musica e as ilhas


Mayra Andrade, "Uma nova voz, uma nova via para a música de Cabo Verde". Em Portugal entre 22 de Fevereiro e 3 de Março. Estará a 29 de Fevereiro em Coimbra. Uma breve introdução ao universo da sua arte: http://www.myspace.com/mayraandrade; http://www.mayra-andrade.com/.

Podemos tirar o escritor da aldeia, mas ninguèm tira a aldeia do escritor", escreveu-se na Actual (Expresso, 16 de Fevereiro, 2008) a propósito de José Luis Peixoto, das suas origens, das reminiscências de Galveias (Ponte de Sor). Como impossível será retirar a música, o mar ou a sodade do imaginário caboverdiano. E a morabeza, claro!


Há mais Mayras na terra: "Maíra e Micura nasceram paridos como gente no meio dos mariuns. Maíra era muito inocente, brincava com os meninos, ali na aldeia, como um menino qualquer. Fazia prodígios sem querer, porque não conhecia sua força. Quando ficava zangado e dizia ao companheirinho: suma daqui! Ele sumia mesmo, desaparecia. Se numa brincadeira de bicho maíra dizia: eu sou cutia, virava ali, na hora, uma cutia. os meninos já pediam: Vamos brincar de tamanduá? E Maíra se transformava num tamanduá alegre e falador, ali diante de todos. Mas lá dentro permanecia ele mesmo, porque depois voltava ao natural. Os mais velhos, percebendo isso, começaram a ter medo" (Darcy Ribeiro, Maíra,1982. Dom Quixote: 143).

Geografia literária (2) - Poesia: Cais (Manuel Lopes)

Cais

Nunca parti deste cais
e tenho o mundo na mão!
para mim nunca é demais
reponder sim
cinquenta vezes a cada não.

Por cada barco que me negou
cinquenta partem por mim
e o mar plano e o céu azul sempre que vou!

Mundo pequeno para quem ficou...

Manuel Lopes. Poema de quem ficou, 1949.

A Literatura Cabo-verdiana

A Literatura Cabo-verdiana
Cabo Verde tem uma significativa riqueza, tanto da oralidade, como da literatura escrita. A literatura escrita sempre existiu, um pouco esparsamente, de umas letras cultivadas por cabo-verdianos em livros e periódicos, não se podendo falar até aos finais do século XIX numa literatura escrita cabo-verdiana.
Vários são os estudos que abordam a literatura cabo-verdiana a partir dos Nativistas, entre o fim do século XIX e o começo do século XX, altura em que pontificaram escritores e intelectuais como Eugénio Tavares, José Lopes, Juvenal Cabral, Dantas dos Reis, António de Paula Brito, José Loff de Vasconcelos, Pedro Cardoso e Pedro Duarte Fonseca, entre outros.
A publicação do romance O Escravo, de José Evaristo de Almeida, talvez seja o marco inicial da ficção cabo-verdiana. Entretanto, a Claridade é o marco mais importante da literatura de Cabo Verde. Ainda dentro da literatura cabo-verdiana vale conhecer as gerações da ruptura com a temática dos claridosos: os nacionalistas e os novíssimos.
A Oralidade
As tradições orais estão eivadas da poesia, dos contos, adivinhas e adágios populares. Prova disso são os Contos de Lobo e Chibinho, a karkutisan e Rodriga da ilha do Fogo e o Batuque e Finaçon da ilha de Santiago, entre diversas manifestações de oratura por todas as ilhas.
A oratura cabo-verdiana parece ter sintetizado o cancioneiro popular português e o Griot africano, retratando, nos seus dizeres, aspectos sociais, económicos, culturais e políticos das ilhas.
A Claridade
A partir do movimento Claridade nasce a modernidade das letras cabo-verdianas, estando a visão telúrica e realista sobre Cabo Verde no centro da produção intelectual. A revista e o movimento que daí surgiu foram fundados por Baltasar Lopes da Silva, Jorge Barbosa e Manuel Lopes.
Mas podem ser considerados claridosos em lactu senso escritores e intelectuais como José Lopes, Januário Leite, Félix Monteiro, António Aurélio Gonçalves, Gabriel Mariano, Jaime de Figueiredo, Pedro Corsino de Azevedo, António Nunes, Henrique Teixeira de Sousa, Jorge Pedro Barbosa, Orlanda Amarilis, Guilherme Rochetau, Virgílio Pires, Artur Vieira, Viriato Gonçalves e Arnaldo França, entre outros, que também participaram na Revista Certeza e no Boletim dos Estudantes do Liceu Gil Eanes, criados também em São Vicente.
A maior parte dos analistas literários tende a dividir a trajectória cabo-verdiana em três grandes períodos: Pré Claridosa (onde estariam os Nativistas e alguns outros), a Claridosa (em torno da Revista Claridade, publicada em 1936) e a Pós Claridosa (de 1960 ao Presente).
A gerações de ruptura
Não foram poucos os escritores que se afirmaram como a geração dos nacionalistas, alinhados numa ruptura temática com a Claridade, pelo que se poderão perfilar Onésimo Silveira, Mário Fonseca, Arménio Vieira, Oswaldo Osório, Kwame Kondé, Kaoberdiano Dambará, Donaldo Macedo, Manuel Duarte, Amílcal Cabral, Corsino Fortes e Ovídio Martins.
Outra nota vai para o surgimento dos Novíssimos da Literatura Cabo-verdiana, em 1986, sobretudo aqueles em torno do Movimento Pró-Cultura, reivindicando uma quebra de paradigma Claridosa, em prol de uma escrita que não tem esse movimento por referência.
Do rol dos novos escritores, uns mais novos do que outros, destacam-se Jorge Carlos Fonseca, João Vario, Vera Duarte, Dina Salústio, Germano Almeida, Leão Lopes, Fátima Bettencourt, David Hopffer Almada, Fernando Monteiro, José Luís Hopffer Almada, José Vicente Lopes, Mário Lúcio Sousa, Filinto Elísio, Daniel Spínola, Jorge Tolentino, Kaká Barbosa, Manuel Veiga, Tomé Varela da Silva, Ondina Ferreira, Mário Matos e José Luís Tavares.
(in Portal di nos ilha: morabeza e qualidade;
http://portoncv.gov.cv:7778/portal/page?_pageid=118,188596&_dad=portal&_schema=PORTAL&p_dominio=28&p_menu=12&p_item=64)
Referências
Livro di Téra. Folhas escritas com Cabo Verde:Littérature orale et écrite des îliens:Index de la base de données de littératures îliennes
Cape Verdean literature. Contact: badiu: http://www.tabanka.no/cvbokomplett.doc

10/02/08

Municipios

Ribeira Brava. S. Nicolau: http://www.cmrb-sn.cv/index.php

Cooperação

Cape Vert development: http://www.capeverdedevelopment.com/index.asp?lang=6

http://www.aipa-azores.com/noticias/ver.php?id=459:
O 1º Congresso das Câmaras Geminadas Luso-Cabo-verdianas é organizado pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a sua congénere de Cabo Verde (ANMCV), contando com a presença dos respectivos presidentes, Fernando Ruas e Américo Silva, e de governantes dos dois países.
http://www.anmp.pt/int/cverde/ealp1.html:
I Encontro Autárquico de Língua Portuguesa, Praia - Cabo Verde, 13 a 15 de Abril de 1997 Palácio da Assembleia Nacional

Musica: Lura

http://www.luracriola.com/

Cidade Velha: noticia

http://www.asemana.cv/article.php3?id_article=29475

09/02/08

Geografia literária (1)


"Quando se fala de Cabo Verde e dos aspectos da sua cultura que normalmente são considerados como os suportes da chamada "cabo-verdianidade", quais sejam a cachupa, a morna, o grogue ou esse outro atributo sem definição dito "morabeza", tem-se a tendência a ver os homens das ilhas como um todo homogéneo (...) ainda que esse núcleo comum que nos irmana nunca tenha chegado a ser tão forte e marcante a ponto de impedir que se constate que as particularidades especificas acabaram dando origem a tipos humanos distintos e bem caracterizados e que vale a pena tentar surpreender na individualidade unica do seu meio ambiente."

Germano de Almeida (2003), Cabo Verde, uma viagem pela história das ilhas, Caminho: 15.

VII. Território e desenvolvimento: políticas, actores, investigação

VII.1. Desenvolvimento e território: planos e planeamento
VII.2. Ordenamento do território: PDM's
VII.3. Governação e Actores: parceiros e parcerias
VII.4. Ensino e investigação: ensino superior e centros de investigação

VI. Cultura: tradições, letras, música, artes

VI.1. Cultura popular: artesanato; tradições
VI.2. Literatura
VI.3. Música
VI.4. Artes

V. Economia

V.1. Agricultura
V.2. Pesca
V.3. Comércio e serviços
V.4. Indústria; actividades artesanais
V.4. Turismo

IV. O homem: sociedade

IV.1. População e povoamento
IV.2. Caboverdianismo: multiculturalismo e identidade
IV.3. Emigração
IV.4. Pobreza

III. O meio: condições naturais, ambiente, natureza

III.1. Geo[morfo]logia
III.2. Vulcanismo
III. 3. Hidrografia e oceanografia
III.4. Clima. Chuva
III.5. Ambiente e natureza
III.6. Desertificação
III.7. Biodiversidade
III.8. Parques naturais

08/02/08

Cabo Verde: geografia e cultura

CABO VERDE: AS ILHAS DA MORABEZA: http://www.aucv.rcts.pt/Word/CABO_VERDE_SITE_FINAL_REVISTO.pdf

ÍNDICE DE ASSUNTOS
A SUA HISTÓRIA
. A Descoberta
. O Povoamento
. O Desenvolvimento Económico-Social
. A Luta pela Autonomia
DADOS GEO-POLÍTICOS
. Geografia
. Morfologia
. Clima
. As ilhas
. Flora
. Fauna
A ESTRUTURA SOCIAL
A IDENTIDADE
A CULTURA
. Literatura
. Pintura
. Arte Popular/Artesanato
. Cerâmica
. Cestaria
. Esteiraria
. Produção do Grogue
. Música e Dança
. Batuque
. Coladeira
. Funaná
. Morna
. Cantigas de trabalho
. Músicas religiosas
. Casamentos e Jogos de crianças
. ARTISTAS CABO-VERDIANOS
. Os Precursores
. Estrelas e anónimos
. Teatro
. Gastronomia
. Religião
A EMIGRAÇÃO E A DIÁSPORA CABO-VERDIANA
. Cabo Verde em Lisboa
. A Informação, os Eventos
. As Notícias di Terra
. Cabo Verde (Breve Informação)
. Outros Contactos Úteis

II. Geografia: geral; território; ilhas

II.1. Geografia: enquadramento
II.1.1. Geografia geral
II.1.2. Território e administração

II.2. Ilhas
II.2.1. Boa Vista
II.2.1. Brava
II.2.1. Fogo
II.2.1. Maio
II.2.1. Sal
II.2.1. Santiago
II.2.1. S.Nicolau
II.2.1. S.Vicente
II.2.1. St° Antão

I. Informações sobre Cabo Verde

Temas:
I.1. Links institucionais
I.2. Informações gerais
I.3. Meios de comunicação: rádio, jornais, ...
I.4. Infografia: mapas, fotografia, imagens de satélite
I.1. Links institucionais
Governo
Municipios

IBNL. Biblioteca Nacional:
http://www.bn.cv/
IC. Instituto das Comunidades: http://www.ic.cv/cv-diaspora.html
I.2. Informações gerais
http://www-sul.stanford.edu/depts/ssrg/africa/capev.html
Links para Cabo Verde: http://novacultura.de/cverde.html
I.3. Meios de comunicação: rádio, jornais, ...

I.4. Infografia: mapas, fotografia, imagens de satélite

07/02/08

VI.2. Literatura

Post
Referências
Livro di Téra. Folhas escritas com Cabo Verde
Littérature orale et écrite des îliens:
Index de la base de données de littératures îliennes
Cape Verdean literature. Contact: badiu: http://www.tabanka.no/cvbokomplett.doc

0. Mapa do blogue: índice; principais temas

I. Informações sobre Cabo Verde
I.1. Apresentação; Comunidade Mar&Vento; Contactos
I.2. Informações gerais; Links institucionais
I.3. Meios de comunicação: rádio, jornais, ...
I.4. Infografia: mapas, fotografia, imagens de satélite

II. Geografia: geral; território; ilhas
II.1. Geografia: enquadramento
II.1.1. Geografia geral
II.1.2. Território e administraçãoII.2. IlhasII.2.1. Boa Vista
II.2.1. Brava
II.2.1. Fogo
II.2.1. Maio
II.2.1. Sal
II.2.1. Santiago
II.2.1. S.Nicolau
II.2.1. S.Vicente
II.2.1. St° Antão

III. O meio: condições naturais, ambiente, natureza
III.1. Geo[morfo]logia
III.2. Vulcanismo
III.3. Hidrografia e oceanografia
III.4. Clima. Chuva
III.5. Ambiente e natureza
III.6. Desertificação
III.7. Biodiversidade
III.8. Parques naturais

IV. O homem: sociedade
IV.1. População e povoamento
IV.2. Caboverdianismo: multiculturalismo e identidade
IV.3. Emigração
IV.4. Pobreza

V. Economia
V.1. Agricultura
V.2. Pesca
V.3. Comércio e serviços
V.4. Indústria; actividades artesanais
V.4. Turismo

VI. Cultura: tradições, letras, música, artes
VI.1. Cultura popular: artesanato; tradições
VI.2. Literatura
VI.3. Música
VI.4. Artes
VII. Território e desenvolvimento: políticas, actores, investigação
VII.1. Desenvolvimento e território: planos e planeamento
VII.2. Ordenamento do território: PDM's
VII.3. Governação e Actores: parceiros e parcerias
VII.4. Ensino e investigação: ensino superior e centros de investigação

04/02/08

Estatisticas

População em lugares com mais de 1000 habitantes
(The counties of Cape Verde and all urban localities of over 1,000 inhabitants.inhabitants):
http://www.citypopulation.de/CapeVerde.html#Stadt_alpha

03/02/08

Ilha do Fogo

(mapa da cidade, link; portal do fogo, etc.)
Oficina de turismo do Fogo: http://www.djarfogo.net/

Cabo Verde. Fotografias

Fotografias: Rui Jacinto
http://picasaweb.google.com/Lestadas/CaboVerde1?authkey=x1ea167sue0

http://www.ecaboverde.com/cat54.htm?page=5
http://www.orlando-ribeiro.info/viagens/caboverde/caboverde.htm#slideshow
http://www.galenfrysinger.com/cape_verde_islands.htm (fotografias de diversas ilhas do mundo)
http://www.viadoso.com/en/pics/rai/index.html
http://www.trekearth.com/favorites.php?filter=Cape_Verde&type=country
http://www.trekearth.com/gallery/Africa/Cape_Verde/

S. Vicente:
http://svicente.dragoeiro.com/

Perfil da Pobreza

Perfil da Pobreza: Quem São e Onde, Estão os Pobres em Cabo Verde
http://www.ine.cv/Metodologia/IDRF/Artigo%20sobre%20Pobreza.pdf
Conference on the Sustainable Development of Small Island Developing States (SIDS) was held in 1994 in Barbados. With the adoption of the Barbados Program of Action, Small Island Developing States began guiding their development process based on the program objectives.

Música: Cesária Évora

http://www.cesaria-evora.com/ http://www.lastfm.pt/music/Ces%C3%A1ria+%C3%89vora
Cesária Évora Cesária Évora (Mindelo, 27 de agosto de 1941) é uma cantora cabo-verdiana, apelidada de a rainha da morna.
Também conhecida como «a diva dos pés descalços», que é como se apresenta nos palcos, em solidariedade aos «sem-teto» e às mulheres e crianças pobres de seu país.
À morna, um gênero musical profundo em sentimentos e aparentado ao fado português, cantado em crioulo cabo-verdiano, ela adicionou toques sentimentais com sons acústicos de violão, cavaquinho, violino, acordeon e clarineta. Também várias vezes a ouvimos cantar fado, o qual foi, literalmente conquistado, por esta voz tropical.
O blues cabo-verdiano de Cesária Évora tem como tema a longa e amarga história de isolamento do seu país e do grande comércio de escravos, assim como da saudade e da emigração - o número de cabo-verdianos morando no exterior é maior do que a população total do país.
A voz de Cesária Évora, acompanhada de instrumentos que lhe dão um toque de melancolia, ressalta a emoção, que caracteriza a interpretação. Mesmo platéias que não entendem o idioma, interagem com emoção nas apresentações. Fez vários duetos com Marisa Monte.
Em 2004 conquistou um prêmio Grammy de melhor álbum de world music contemporânea.
Em 2007, o presidente francês Jacques Chirac distinguiu-a com a medalha da Legião de Honra de França.
Discografia:
1. 1988 - La Diva aux pieds nus
2. 1990 - Distino di Belita
3. 1991 - Mal Azul
4. 1992 - Miss Perfumado
5. 1994 - Sodade, Les Plus Belles Mornas De Cesaria
6. 1995 - Cesaria
7. 1997 - Cabo Verde
8. 1998 - Best Of
9. 1999 - Café Atlântico
10. 2001 - São Vicente de Longe
11. 2002 - Cesária Evora Anthology
12. 2002 - The very Best Of
13. 2002 - Live in Paris (DVD)
14. 2003 - Voz D'amor
15. 2003 - Club Sodade - Cesaria Evora by...1
6. 2006 - Rogamar
fonte: wikipedia

Cidade Velha. Santiago




02/02/08

Cabo Verde. Ensino Superior

Universidade: http://www.unicv.edu.cv/index.php

MESTRADO EM ORDENAMENTO E DESENHO DO TERRITORIO . Parceria: Uni-CV-ISE/ UFRGS Praia
2007 http://www.unicv.edu.cv/images/stories/plano_de_estudos_ord_territorio.pdf


ISE: http://www.ise.cv/

Cabo Verde. Ambiente. SIA

Sistema de informação ambiental: http://www.sia.cv/

Livro Branco sobre o Estado do Ambiente em Cabo Verde Dezembro - 2004
http://www.sia.cv/documentos/Livrobranco.pdf

ESTRATEGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAL PARA O DESENVOLVIVIMENTO DAS CAPACIDADES NA GESTÃO AMBIENTAL GLOBAL EM CABO VERDE http://www.sia.cv/documentos/EPANCSA.pdf

Segundo Plano de Acção Nacional para o Ambiente.PANA II - Síntese PT:

http://www.sia.cv/documentos/Sintese_pt.pdf

Perfil temático Desertificação
Perfil temático Biodiversidade
Perfil temático Mudanças Climáticas
Relatório Transversal e Sinergia entre as três convenções de Rio (CCD, CBD, CCC)


I Congreso Internacional de Educación Ambiental dos Países Lusófonos e Galiza: http://ealusofono.blogspot.com/2007/08/eanet.html; htp://www.ceida.org/congreso_ea/index.html

Emigração

Instituto das Comunidades (CV): http://www.ic.cv/cv-diaspora.html
Alguns estudos
Remessas de Emigrantes por países de Origem. Remessas de Emigrantes por concelho. Estatisticas
http://portoncv.gov.cv:7778/portal/page?_pageid=118,188596&_dad=portal&_schema=PORTAL&p_dominio=29&p_menu=88&p_ent_det=1328
A emigração e seus efeitos na economia cabo-verdiana, João Estêvão
Cape Verdean migration and diaspora (Conferencia internacional; 2005. pappers):
História da emigração caboverdeana: Uma visão cruzada nas composições musicais, Júlio ROSANROCH
Género e Migrações Cabo-Verdianas
http://www.oi.acime.gov.pt/modules.php?name=News&file=article&sid=1500
[O livro Género e Migrações Cabo-Verdianas, organizado por Marzia Grassi, economista do desenvolvimento e investigadora do ICS/UL, e por Iolanda Évora, psicóloga social e investigadora do Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento do ISEG/UTL, reúne contributos de diferentes autores e áreas disciplinares sobre a emigração e imigração cabo-verdiana na perspectiva das relações sociais de género. A partir das histórias de vida de mulheres e homens de origem cabo-verdiana em Portugal, Itália e EUA, Marzia Grassi desenvolve uma abordagem de género sobre as migrações e analisa o papel do empreendedorismo e do comércio informal enquanto modalidade de inserção económica das mulheres.]

PEDRO GÓIS (pedrogois@netcabo.pt). Emigração cabo-verdiana para (e na) Europa e sua inserção em mercados de trabalho locais: Lisboa, Milão, Roterdão (Teses:5)
ALTO-COMISSARIADO PARA A IMIGRAÇÃO E MINORIAS ÉTNICAS (ACIME)
E-MAIL:
acime@acime.gov.pt. LISBOA, ABRIL 2006.

Centros de Estudos & Investigação

Pagina de Cabo Verde no Centro de Estudos Africanos da Universidade da Pensilvania
http://www.africa.upenn.edu/Country_Specific/C_Verde.html

Instituto de Investigação Científica Tropical- IICT: http://www.iict.pt/index.asp

Desenvolvimento sustentável. Temas & Link

Planeamento e desenvolvimento sustentável. Temas & Link
Cape Verde - Planning and Management - Information and Tools
http://www.umassd.edu/specialprograms/caboverde/cvplanning.html

Cape Verde - Geography, Environment and Ecosystem: http://www.umassd.edu/specialPrograms/caboverde/cvgeog.html

Literatura. Teixeira de Sousa

Memória e identidade nos contos de Teixeira de Sousa (para uma antropologia da literatura) - Maria R. Turano
http://www.fflch.usp.br/dlcv/posgraduacao/ecl/pdf/via04/via04_19.pdf

http://home.no/tabanka/teixeira.htm

http://opac.porbase.org/ipac20/ipac.jsp?session=12O198134S29V.85356&profile=porbase&page=1&group=0&term=Sousa%2C+H.+Teixeira+de%2C+1919-&index=AUTHOR&uindex=&aspect=basic_search&menu=search&ri=1&source=192.168.0.17@!porbase&1201981421899#focus

Literatura. Germano de Almeida

http://home.no/caboverde/germanoalmeida.doc

http://pt.wikipedia.org/wiki/Germano_Almeida
http://ruibebiano.net/zonanon/artes/fn_030315.html

Musica.Partida Morna di B.Leza

Música de Cabo Verde:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Música_de_Cabo_Verde
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coladeira

Delta Cultura Cabo Verde Batucu Group : http://www.youtube.com/watch?v=XlxP-5pO6tY

MORNAS di B.LEZA. Partida
Ora....Ora di bai
e ora di sentimentu
Ora di bai e tristi
e ora di sentimentu.
.
Ami si pa N dixa Djar Fogu
Má N kre dixâ mundu interu
Ma N kre dixâ mundu ku dor
Sen paz, sen dizafogu
.
Si tudu genti
sabeba nes mundu
Amá sufre amá senti,
Ka ta sintiba nes mundu
Es tristi palavra... parti!
.
Ora.... Ora di bai
e ora di sentimentu
Ora di bai e tristi
e ora di sentimentu
.
Partida e dor amá tristeza
Ken inventa’l ka tenba amor.
Partida e dor na nos petu
di ken ki nu dixa ku dor

Literatura. Eugénio Tavares


Eugénio Tavares (1867-1930)
http://www.eugeniotavares.org/

A estadia no Mindelo marcou grandemente o jovem bravense. Colocado na Fazenda Pública do Tarrafal, descobre o Santiago profundo e vernáculo.
De regresso à Brava em 1890, Eugénio está um conhecedor da realidade de Cabo Verde. Feito Recebedor da Fazenda na Brava, Eugénio fica preparado para o salto. Já podia sonhar, e sonhou! O seu sonho era:
A Felicidade e o Engrandecimento do Povo Caboverdiano.


A Morna ganha conteúdo e sonoridade. Os novos temas são O Amor, A Ilha, O Mar, a Mulher, o Emigrante, a Partida, a Saudade. A Hora di Bai com o objectivo do Regresso.
A Morna, num novo ritmo por Eugénio Tavares:
A Morna é originária da Ilha da Boavista. Passou, depois, às outras ilhas, adaptando-se, e tomando a feição psíquica de cada povo, como que num gráfico de ascenção ou descenção em sua expressão artística

Musica: Mayra Andrade

Mayra Andrade
http://www.mayra-andrade.com/








Lua
Luâ fika ku mi más um kusinha
Dexâ-m lambuxa na bo,
Limia nha korpu ku káima !
Luâ dés ki témpu na aitura
Bu limia nórti, bu limia sul
Bu limia préta, bu limia bránka,
Luâ !Luâ riba riba mutu riba,
Pa riba simbrom ku tambarinha,
Riba trópa ku nhu pádri, Luâ !
Lua nóba sima Rikardina
Más rodónda ki Putchutcha
Xeia sima petu-Sheila, Lua !

Lua, limia riba, xeia!Xeia, lua, limia, riba!

http://www.lastfm.pt/music/Mayra+Andrade+%28Cape+Verde%29/+videos/+1-WTqTf8_GSzw?b=1(http://www.mayra-andrade.com/pt/discographie.php)