17/02/08

Geografia literária (2) - Poesia: Cais (Manuel Lopes)

Cais

Nunca parti deste cais
e tenho o mundo na mão!
para mim nunca é demais
reponder sim
cinquenta vezes a cada não.

Por cada barco que me negou
cinquenta partem por mim
e o mar plano e o céu azul sempre que vou!

Mundo pequeno para quem ficou...

Manuel Lopes. Poema de quem ficou, 1949.

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